segunda-feira, 5 de setembro de 2016

II

Antes que desperte em mim 
a lava que empurra o fogo, 
a lava que só conhece 
a força que a comprime
eleva e dissolve no vazio. 

Antes que o grito chame os novelos perfumados 
com que seguravas o tempo 
e as paisagens nacaradas onde eu o escondia.

Antes que o segredo irrompa das águas mansas de Setembro, 
como um prodígio, um sinal 
do incessante murmúrio da areia.

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