sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Como fugir a este cerco ideológico e mediático, que força a tomar posição numa batalha pobre e esgotada entre competidores políticos, e que nos é oferecida diariamente? Eu tomei um bom remédio há já algum tempo: tornei-me em nietzschiano convicto. Com uma pitada de Hobbes e outra de Camus e iluminado pela divina Hanna Arendt. Um verdadeiro salto no tempo e no espaço. Que me aligeira do ónus de querer estar certo; da obrigação de convencer os outros das certezas que, ou não quero ter, ou guardo para contemplar as estrelas; da necessidade de ir atrás de um alarido forçado numa festa sem alma; de tomar parte em assembleias de papagaios vociferantes; de mascarar a fragilidade e o desamparo com bandeiras, palavras de ordem e ilusões musculadas.
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